quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

O PAIGC, que vergonha!

Memória curta do povo votante

As últimas eleições demonstraram como é curta a memória do povo. Verdade seja que, desta vez, não terá sido apenas a curta memória, mas também, o desnorte dos que detiveram o poder, e colocaram o eleitor num beco sem saída. Seja como for, não podemos entender que uma crise, cuja génese foi o PAIGC, procure a mesma origem para a sua debelação.

Ou será que o “ clube politico do PAIGC” esta de tal forma organizado e enraizado que apenas quis mudar de directriz em rotação convencional?
“- Para fazer face aos grandes desafios do momento o PAIGC deverá retirar os ensinamentos e as lições que então permitiram uma nova reorientação para a gloriosa Luta Armada de Libertação Nacional, indo buscar novas fontes de energia política, intelectual e militante à Cassacá mas próximas comemorações do 20 de Janeiro, Dia dos Heróis Nacionais;

- Doravante cada responsável de uma estrutura a cada nível da sua responsabilidade deverá ter a capacidade de resolver os problemas locais tendo por base os Estatutos e a militância e quem não tiver ou demonstrar capacidade de liderança deve deixar o lugar para os que demonstram no dia-a-dia da sua activa militância estarem a altura de levar por diante s defesa dos superiores interesses do PAIGC;

- Aguarda enquanto líder do PAIGC uma nova postura da UDEMU após o seu próximo Congresso enquanto organização de massas do partido cujo papel e participação nesta fase de luta que o nosso Partido enfrenta deve-se situar à altura dos pergaminhos e exemplos das mulheres combatentes.

- Em relação à JAAC o exemplo personificado pelo jovem Daniel da Mata deve ser o modelo de participação e dedicação que a organização reserva segura e combativa do PAIGC deve seguir;” - Domingos Simões Pereira
Realmente o que tem acontecido no panorama política guineense leva-nos muitas vezes a pensar se os políticos não estão a imitar os muitos advogados que se irritam com os colegas na barra dos tribunais para sensibilizar o cliente e que, depois, em privado, combinarem a melhor maneira de, como diz o povo, “ fola Baka, na mindjor maneira”.

Só assim se podem entender certos actos para os quais à luz de um recto raciocínio não arranja entendimento! Todavia, e mesmo assim, espanta que o povo guineense, depois dos sucessivos insucessos dos governos do PAIGC em toda a parte e até na sua própria casa, lhe tenha conferido novo mandato, ora falhada.

Se isso não é Algofilia…
 Caminha com mais segurança…. Aquele que preservar o passado com cortina de vidro para ler sem ter de voltar a página. Não será sensato comer à mesa com a permanente lembrança do passado, mas já o será se nele meditarmos de quando em vez, para alicerçar o futuro… e o alicerce é sempre indispensável para o equilíbrio de qualquer construção!

O PAIGC servirá para distribuir (porque isso normalmente não faz suar), mas este pobre povo guineense já distribuiu o que tinha e não tinha, e agora vive a pedir.

Será então que o eleitor quis PAIGC a pedincha?

O pior é que os credores, normalmente, não emprestam ao pedinte que não dê garantias de pagar “ o tal misterioso resgate do Geraldo Martins”, e nos não vamos pagar com poder político falidos, com absentismo e com anarquia do Cipriano cassama na Assembleia Nacional Popular e o comodismo administrativo que isto tudo permitem ao José Mário Vaz. Por isso não acreditamos que possamos continuar a viver de empréstimo ou da generosidade dos outros.

É mister reconquistar a dignidade do povo guineense e regressar ao trabalho com honestidade, e não vemos como quem ajudou e continua ajudar à anarquia tenha capacidade para fazer o contrário.

O povo Guineense, que é pacato e na sua maioria animista, certamente acreditou nas “ mandjiduras”; E nós bem desejávamos que acreditasse a desilusão do PAIGC e seus dirigentes… Só que estas “ mandjiduras” só virão pelo trabalho aceite como obrigação colectiva, e pela capacidade de gestão dos que governam, e nunca fará a sua “ mandjidura” na janela da demagogia do PAIGC.

Para terminar, faça lembrar os dirigentes do PAIGC e os seus satélites partidos, que o futuro se constrói principalmente meditando e eliminando os erros do passado.

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