sábado, 18 de outubro de 2014

Europa em pânico com recessão e uma nova crise na Grécia

@Fornecido por Jornal i
Foi mais um dia negro para a Europa e também para o mundo. Os mercados estão em pânico com a possível terceira recessão na zona euro e com os maus ventos que sopram em Atenas.

As bolsas caíram a pique pela oitava sessão consecutiva e só não caíram mais porque na hora do fecho dos mercados vieram umas vozes de Bruxelas garantir que não iam deixar cair a Grécia por nada deste mundo. Acontece que as palavras não fazem crescer as economias da zona euro de muito menos fazer subir a inflação. Com recessão à vista e a deflação atrás da porta, só faltava mesmo uma nova crise grega. De facto. a Grécia está de novo no radar da atenção dos mercados financeiros após os juros das obrigações soberanas a 10 anos terem subido acima dos 8%, o que acontece pela primeira vez desde Fevereiro.

Grécia mais uma vez O movimento de venda de títulos de dívida grega a 10 anos está a ser suportado, pela tentativa de saída prematura da Grécia do programa de ajuda por parte do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontado para 2016. Uma saída já recusada pelo FMI e pela Comissão Europeia e que pode levar à queda do governo de coligação de Samaras e à vitória do Syriza, partido de extrema-esquerda liderado por Alexis Tsipras.Hollande ataca estagnação A queda dos mercados bolsistas é resultado da "estagnação" europeia, do abrandamento da economia norte-americana e da "incerteza internacional", declarou ontem o presidente francês, François Hollande. "Há uma incerteza internacional", "os Estados Unidos abrandam e a Europa tem um crescimento fraco", afirmou em declarações aos jornalistas em Milão, onde participa numa cimeira euro-asiática.


"É preciso que a Europa possa encontrar o caminho do crescimento e de um crescimento mais vigoroso, tem sido esse o meu combate", acrescentou. O presidente francês referiu que "a zona euro saiu da crise, mas a Europa não retomou o caminho do crescimento e vive uma estagnação". Segundo Hollande, a fraqueza dos mercados deve-se em primeiro lugar à "instabilidade da situação internacional" na Ucrânia, no Médio Oriente e na África Ocidental com a epidemia de ébola. "Mas também há causas na Europa" como "o crescimento fraco, as interrogações e as incertezas quanto ao plano de investimento que deve ser aplicado e os planos de austeridade que se seguem uns aos outros", prosseguiu.A âncora alemã A chanceler alemã, Ângela Merkel, considerou ontem que a Europa tomou desde o início o caminho "correcto" para ultrapassar a crise e instou de novo todos os países-membros a respeitarem o Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC). "Todos, e sobretudo, os Estados-membros devem respeitar as regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC)", disse Merkel no plenário do parlamento alemão, antes da próxima reunião do Conselho Europeu. Para Angela Merkel, o respeito pelas regras do PEC é a "âncora central" para que se volte a confiar na zona euro. Com Lusa

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