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Foi mais um dia negro para a Europa e também para o
mundo. Os mercados estão em pânico com a possível terceira recessão na zona
euro e com os maus ventos que sopram em Atenas.
As bolsas caíram a pique pela
oitava sessão consecutiva e só não caíram mais porque na hora do fecho dos mercados
vieram umas vozes de Bruxelas garantir que não iam deixar cair a Grécia por
nada deste mundo. Acontece que as palavras não fazem crescer as economias da
zona euro de muito menos fazer subir a inflação. Com recessão à vista e a
deflação atrás da porta, só faltava mesmo uma nova crise grega. De facto. a
Grécia está de novo no radar da atenção dos mercados financeiros após os juros
das obrigações soberanas a 10 anos terem subido acima dos 8%, o que acontece
pela primeira vez desde Fevereiro.
Grécia mais uma vez O movimento de venda de títulos de
dívida grega a 10 anos está a ser suportado, pela tentativa de saída prematura
da Grécia do programa de ajuda por parte do Fundo Monetário Internacional (FMI)
apontado para 2016. Uma saída já recusada pelo FMI e pela Comissão Europeia e
que pode levar à queda do governo de coligação de Samaras e à vitória do
Syriza, partido de extrema-esquerda liderado por Alexis Tsipras.Hollande ataca
estagnação A queda dos mercados bolsistas é resultado da "estagnação"
europeia, do abrandamento da economia norte-americana e da "incerteza
internacional", declarou ontem o presidente francês, François Hollande.
"Há uma incerteza internacional", "os Estados Unidos abrandam e
a Europa tem um crescimento fraco", afirmou em declarações aos jornalistas
em Milão, onde participa numa cimeira euro-asiática.
"É preciso que a Europa possa encontrar o caminho
do crescimento e de um crescimento mais vigoroso, tem sido esse o meu
combate", acrescentou. O presidente francês referiu que "a zona euro
saiu da crise, mas a Europa não retomou o caminho do crescimento e vive uma
estagnação". Segundo Hollande, a fraqueza dos mercados deve-se em primeiro
lugar à "instabilidade da situação internacional" na Ucrânia, no
Médio Oriente e na África Ocidental com a epidemia de ébola. "Mas também
há causas na Europa" como "o crescimento fraco, as interrogações e as
incertezas quanto ao plano de investimento que deve ser aplicado e os planos de
austeridade que se seguem uns aos outros", prosseguiu.A âncora alemã A chanceler
alemã, Ângela Merkel, considerou ontem que a Europa tomou desde o início o
caminho "correcto" para ultrapassar a crise e instou de novo todos os
países-membros a respeitarem o Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC).
"Todos, e sobretudo, os Estados-membros devem respeitar as regras do Pacto
de Estabilidade e Crescimento (PEC)", disse Merkel no plenário do
parlamento alemão, antes da próxima reunião do Conselho Europeu. Para Angela
Merkel, o respeito pelas regras do PEC é a "âncora central" para que
se volte a confiar na zona euro. Com Lusa
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