sexta-feira, 16 de março de 2018

“PRS só integra governo onde haja consenso sobre determinado nome”, diz porta-voz do partido


O Partido de Renovação Social da Guiné-Bissau só vai integrar um Governo onde haja um consenso sobre determinado nome, afirmou hoje o porta-voz do partido, Vítor Pereira.

O porta-voz falava aos jornalistas no final da primeira sessão da comissão política nacional do partido, que decorreu numa unidade hoteleira em Bissau.

«A Comissão Política quer que o PRS integre um Governo apenas onde haja um consenso sobre determinado nome», disse Vítor Pereira aos jornalistas no final do encontro.

Questionado sobre se o nome era Artur Silva, Vítor Pereira repetiu «sobre um determinado nome».

Artur Silva foi nomeado no final de janeiro primeiro-ministro da Guiné-Bissau, mas mais de 40 dias depois da sua nomeação ainda não foi anunciado o novo Governo.

Na quarta-feira, o Presidente guineense, José Mário Vaz, esteve reunido com a comunidade internacional, mulheres facilitadoras, sociedade civil, entidades religiosas, PRS e grupo dos deputados dissidentes do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), mas o encontro foi inconclusivo.

«Ontem [quarta-feira] tivemos uma reunião com o senhor Presidente da República (...) e voltou a pôr-se a questão de um primeiro-ministro de consenso. As pessoas recuaram todas para procurarmos os consensos possíveis para terça-feira», disse, referindo-se a novo encontro de auscultação convocado pelo Presidente José Mário Vaz.

Sobre a possibilidade de o PRS apresentar o nome, Vítor Pereira disse que o partido «alinhará num nome consensual».

«O PRS neste processo foi muito mal compreendido, mas não baixará os braços. Para não criar vazios de poder, o PRS neste processo funciona como facilitador, para que o poder não vá à rua», salientou.

Em relação a uma possível aliança com o grupo dos deputados dissidentes do PAIGC, denominado grupo dos 15, o porta-voz do partido disse que «estará eventualmente em cima da mesa e que não deixaria de ser natural».

«É natural que hoje às portas das eleições estejamos mutuamente interessados em procurar consensos», disse//Lusa

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