sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Guiné-Bissau não produz nem vende droga

O Vice-Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) asseverou que é do domínio público que a Guiné-Bissau não produz nem vende droga, reconhecendo todavia que os aliciadores são altamente poderosos, dispondo de meios financeiros e materiais podendo aliciar facilmente as pessoas de países da pobreza estrema e de fracas instituições. Assim, neste complexo fenómeno de tráfico de droga e de crime internacional a Guiné-Bissau é essencialmente vítima.

Inácio Correia que falava na cerimónia de abertura da reunião de Alto Nível entre o governo da Guiné-Bissau, Assembleia Nacional Popular (ANP) e o gabinete das Nações Unidas para Combate de Drogas e Crime Organizado (UNODC) exortou que a questão de droga e a criminalidade transnacional estão no centro da atenção do mundo e o nosso país tem sido frequentemente referenciado como um dos países facilitadores ou de trânsito da droga para os mercados de consumo. O que leva o nosso país seja por vezes apelidado de um Estado narcotráfico.

Ainda na visão daquele deputado da Nação a referida reunião de alto nível enquadra-se na promoção de formação, sensibilização, capacitação dos deputados e técnicos de ANP, com intuito de os adotar de conhecimento e informações úteis na abordagem legislativa sobre droga e crime organizado.

Vice Representante Especial da UNIOGBIS Marco Carmignani afirmou que vários estudos apontam o crime transnacional como uma das mais graves ameaças nesta região, capaz de comprometer as palavras do Secretário-geral das Nações Unidas e os progressos encorajadores que África Ocidental fez no fortalecimento da democracia e promoção do desenvolvimento humano. Informou ainda que o tráfico de droga e crime organizado prosperam num ambiente de fraca governação, falta de oportunidade económica, gera corrupção e impede o desenvolvimento.

Represente Regional do UNODC Pierre Lapaque assegurou que esta reunião é uma janela de oportunidade para corresponder as expetativas da população guineense, e contribuir para a credibilização da Guiné-Bissau no panorama internacional. Referiu ainda que a justiça, paz e democracia não são conceitos que se excluem mutuamente, assumem se como imperativo necessário da evolução a todos os países, digamos ser integrado de forma permanente em todos os domínios de acção.

Recorde-se que esta reunião de alto nível entre Parlamento, Governo e UNODC decorre nos dias 24, 25 e 27 do mês em curso onde irão discutir temas como Ameaças do crime Organizado, Terrorismo na África Ocidental e Central, Branqueamento de Capitais; Integridade e Corrupção; Reforma do Setor de Segurança, entre outras.


//Odemocrata

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