segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Para bom entendedor, meia palavra basta

Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz
Por, Carpinteiro guineense, Wilrane Fernandes

A língua portuguesa que herdamos através da ocupação abusiva da nossa terra pelo colono português, mas que os nossos gloriosos combatentes da liberdade da pátria, correram com eles numa sangrenta guerra que durou onze anos; deixaram no riquíssimo acervo de ditados populares, locuções e expressões corrente daquele país, e que podiam servir no dia-a-dia dos políticos guineenses, em particulares dos do PAIGC, de forma a não cometerem erros básicos e fatais para a república da Guiné-Bissau e o seu povo. Encerram em si próprios tal sabedoria e não os seguiram de forma mais intensa e permanente.

O mais sensato e avisado será “ PARA BOM ENTENDEDOR, MEIA PALAVRA BASTA”. O PAIGC, através dos dirigentes deste partido, falam… não apenas falar em demasia, pois nos já compreendemos a vossa mensagem.

Os dirigentes do PAIGC, ora falando do “ Acordo de Conacri”, eles clamam mais os seus planos de futuro, permitindo ao presidente José Mário Vaz se antecipe, fazendo a direcção do partido a que pertencia e que o apoio, se sentir prejudicado pela nomeação do actual primeiro-ministro do país.

Os dirigentes do PAIGC falam demais, das circunstâncias do passado do partido, no contexto totalmente diferente da situação actual, perante os ouvidos do povo que se apressam a reproduzir o que foi dito no “ Acordo de Conacri”, muitas vezes de forma deturpadas e ampliada, o que leva muitas vezes equívoco insanáveis que os prejudicam.

Ora, se os dirigentes do PAIGC não podem optar por silêncio asceta, é impossível de alimentar neste tempo de desespero da direcção e que esta a tornar cada vez mais um estranho no meio dos militantes e do povo guineense. Excluído na arena governamental por erros próprios. O segredo seria para eles então, falarem pouco e ouvir mais.

Dito isto, não se percebem, que tendo prejudicado o povo guineense durante 40 anos a esta parte. O PAIGC venha estes dias, depois de humilhar o povo guineense na assinatura do “acordo de Conacri”, continuam a falar mais, criando uma onda de pressão psicológica e animosidade contra povo e o presidente da república, José Mário Vaz, que eles nos apresentou nos últimos eleições como pessoa da confiança do PAIGC.

Sabemos bem, que José Mário Vaz, depois de ter sido eleito sob proposta do PAIGC e tomando posse como presidente, deixou de poder pertencer ao PAIGC ou qualquer outro partido, para se poder representar a nação guineense. COMO PODE O PAIGC, VIR AGORA COM “ A RETIRADA DE APOIO POLÍTICO AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JOSÉ MÁRIO VAZ?

Como partido, a me parece que esta em total desespero. Pois, o PAIGC pode até ter razão, mas não tem toda razão.

O povo guineense deve estar atento a aquilo que não foi dito pelo PAIGC, mas pode subentender a intenção dos dirigentes deste partido.

O seu comunicado final é tão absurdo que se presta a todos equívocos. Mais uma vez o PAIGC esta a conduzir o país para um novo 7 de Junho, queira que eu esteja errado.

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