O Presidente da República da Guiné-Bissau
reconheceu, no sábado 31 de dezembro, que 2016 foi marcado por momentos
difíceis, porque o país ficou parado e estagnado, devido às divergências
políticas.
Neste sentido, José Mário Vaz lança um
desafio à sociedade guineense para fazer o balanço da atual situação política e
responsabilizar os atores políticos pela crise que tem feito o país refém.
“Devemos aprender com os erros do passado
recente, servindo de lição do que deve ser evitado no futuro, a partir de
manhã” disse Mário Vaz, para adiantar que “o novo governo é a derradeira
esperança para resgatarmos a confiança do cidadão guineense no homem político
responsável pela coisa pública. Muitas soluções de governo foram já ensaiadas,
quase todas não deram os resultados almejados por todos nós”.
José Mário Vaz apela à sociedade guineense a
não perder a esperança nos seus políticos. Contudo, afirma que não se pode
continuar a dar cheque em branco aos governantes sem que se digne resolver os
problemas mais prementes da sociedade, tendo afirmado que é chegado a hora de
os políticos atenderem às demandas da população guineense.
“Sei que a vida dos guineenses não está fácil
nos dias de hoje” reconheceu o chefe de Estado guineense.
No seu discurso à Nação, centralizado na
administração pública guineense, José Mário Vaz afirma que a Guiné-Bissau não
pode continuar a desaproveitar os seus quadros jovens que todos os anos são
diplomados, devido ao facto da reforma na função pública ainda não ter
avançado.
Por isso, o presidente da República diz
esperar que o executivo de Umaro Sissoco Embaló seja capaz de espelhar as
reformas necessárias no seu programa, a fim de emagrecer a estrutura do estado
até aos limites da real capacidade financeira da Guiné-Bissau.
“O combate à corrupção é um trabalho de todos
os cidadãos, em particular, das forças de segurança nacional. Um aviso, cuidado
que a máquina de combate à corrupção desta vez esta montada e quem arriscar
sofrerá consequências” avisou.
Mário Vaz acredita, no entanto, que o país se
encontra num momento de viragem política e económica para acompanhar a
competitividade das outras economias. Isso exige, segundo chefe de Estado, uma
Administração Pública célere, transparente e eficaz, servida por agentes
competentes e motivados.
O chefe de Estado guineense aproveitou ainda
a ocasião para realçar o papel das forças de Defesa e Segurança pelo seu
distanciamento das querelas político – partidárias, dando assim mais um elevado
exemplo de patriotismo.
José Mário Vaz enaltece ainda, no seu
discurso à nação, o apoio da Comunidade internacional e o importante contributo
da CEDEAO na mediação da crise político institucional guineense.
Tiago Seide
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