O
Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, mostrou-se hoje
(quarta - feira) surpreendido com a decisão da TAP em adiar o reinício dos voos
entre Lisboa e Bissau e disse que se vai informar sobre o sucedido.
Domingos Simões
Pereira reiterou que, do ponto de vista do governo guineense, nada indiciava
que a companhia pudesse adiar o regresso dos voos, que iam recomeçar a 28 deste
mês.
"Não havia
qualquer tipo de indicações que pudesse levar a pensar que a TAP tomaria este
tipo de posição. Mas, mais uma vez, se é a posição de uma empresa, eu não
queria estar a comentar", disse Simões Pereira.
Falando a
imprensa à margem das comemorações do Dia Mundial de Lavagem das mãos, que hoje
se assinala, o Primeiro-ministro realçou que o Governo vai acautelar os
interesses do país.
Domingos Simões
Pereira disse não ter sido informado oficialmente da decisão da transportadora
aérea pelo que se vai reunir ainda hoje com o secretário de Estado dos
Transportes e Comunicações, João Bernardo Vieira, de quem espera obter todas as
informações sobre a situação.
"Vou estar
reunido com o secretário de Estado dos Transportes e vamos avaliar o posicionamento
que o Governo deve tomar quanto a isso muito proximamente", frisou.
Na capital
guineense, a notícia motivou queixas e apanhou de surpresa quem já tinha voo
reservado e também as agências de viagens, segundo referiram alguns dos seus
responsáveis à Lusa enquanto tentavam obter mais informações.
Numa cidade
europeia, uma passageira relatou à Lusa que tentou ligar para o centro de
atendimento recomendado pela TAP para alterar uma reserva de Bissau para
Lisboa, mas "nem esse 'call center' sabia do adiamento dos voos".
A solução
apresentada depois era de esperar pelo menos 45 dias em Bissau "até que a
rota fosse retomada. É inadmissível", referiu.
O bilhete foi
adquirido pela Star Alliance, de que a TAP faz parte, que por sua vez referiu
"nada poder fazer pois a TAP continua com a rota aberta no sistema [hoje
de manhã] e não informou ninguém sobre esta decisão".
A TAP anunciou
hoje que não estão reunidas as condições operacionais necessárias para retomar
os voos para a Guiné-Bissau, após o ministro guineense da Administração
Interna, Botche Candé, ter garantido "total segurança" à companhia.
Em comunicado, a
transportadora aérea afirma que a ligação se encontra adiada por um período
"não inferior a 45 dias".
A retoma da
operação para a Guiné-Bissau estava prevista para o dia 28 de Outubro, com a
realização de três voos por semana, com partida de Lisboa, às terças-feiras e
sábados, segundo a companhia.
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