sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Burkina Faso, Exército e civis aprovam plano de transição

Ouagadougou, o Exército e a sociedade civil aprovaram quinta-feira, por unanimidade, um documento que fixa as instituições de transição no Burkina Faso, uma etapa para a volta à normalidade, após os militares derrubarem o presidente Blaise Compaoré, no dia 31 de Outubro

"O documento foi aprovado por unanimidade", afirmou Henry Yé, presidente da comissão que reúne oposição, autoridades religiosas, personalidades, sociedade civil e Exército.

A adopção desta "carta da transição" ocorreu sob aplausos dos pelo menos 80 delegados presentes, que cantaram o hino nacional.

De acordo com o documento, o presidente de transição, nomeado por um colégio eleitoral, e o presidente da Assembleia Nacional, denominado Conselho Nacional de Transição (CNT), serão civis.

O Exército, que pretendia indicar o presidente do CNT, acabou cedendo quinta-feira, admitiu o tenente-coronel Isaac Zida, homem forte do país africano.

O primeiro-ministro, nomeado pelo presidente, poderá ser civil ou militar, e comandará um governo de 25 membros.


O Exército tomou o poder em Burkina Faso no dia 31 de Outubro, após derrubar Compaoré, que governava há 27 anos e pretendia modificar a Constituição para continuar na presidência.

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