Com este incidente, que ilustrou
claramente que o governo de Domingos Simões Pereira, não tem plano no âmbito de
defesa nacional. Visto que o mesmo se deslocou a pouco dias a ONU para
solicitar forças estrangeiras para o país…
Uma comitiva governamental liderada
pelo ministro guineense da Administração Interna, Botché Candé, de visita à
zona norte do país durante este fim-de semana, 22 e 23 de Novembro,
concretamente nas imediações de Farim, foi embocada e interceptada por um dos
grupos rebeldes de uma das facções do MFDC, que opera naquela zona.
O incidente confirma relatos de há
muitos anos, em como o território da Guiné-Bissau, pela sua fragilidade em
termos de segurança, tem sido usado pelas diferentes facções do Movimento da
Frente Democrática de Casamance (MFDC) como base das suas operações militares
contra a República do Senegal.
O grupo armado opera dentro do
território da Guiné-Bissau, justamente na secção de Djumbébe, entre as tabancas
de Sintchã Aladje e Sintchã Béle, duas povoações próximas da fronteira norte
com a vizinha República do Senegal, mas situadas dentro do espaço territorial
guineense.
A comitiva do ministro da Administração
Interna, composta por oficiais paramilitares e da Guarda Nacional, seu corpo de
segurança, foi surpreendida por homens armados que se identificaram como
rebeldes de Casamance, mas com base em operações na Guiné-Bissau, enquanto o
governante visitava a zona.
O local é considerado de difícil acesso
e com patrulhamento por parte das tropas guineenses, considerando a sua
complexa localização geográfica.
Dominada por comércio
inter-fronteiriço, Farim, que actualmente detêm uma mina de fosfato em fase
adiantada de exploração, tem constituído ao longo de várias décadas baluarte
das forças do MFDC, tanto que em 2002 a área tinha sido alvo de muitas
investidas militares das Forças Armadas da Guiné-Bissau contra tais bases
rebeldes.
Sabe-se que, recentemente, depois de
informações da inteligência guineense em como a zona estava a ser ocupada pelos
rebeldes, uma equipa do PAIGC disfarçada da contrainteligência militar, E
agora, com estes novos dados registados logo após esta missão do PAIGC, resta
esperar pelos novos desenvolvimentos.
Contudo, últimas informações indicam
que o Chefe rebelde que opera a partir de Farim, cujas forças emboscaram este
Domingo a comitiva governamental guineense, avistou-se esta manhã com o
ministro da Administração Interna, na cidade de Farim, a quem apresentou
desculpas pelo incidente. E a resposta de Botche Candé é para que abandonem a
área imediatamente.
Uma imposição política, segundo fontes
governamentais, poderá não acontecer tão rápido, já que irá implicar
desdobramentos operacionais perigosos por parte das forças rebeldes de
Casamance.
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