segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Guiné-Bissau: O défice de credibilidade no PAIGC

Por, Dr. Kabi Na Debé

Alguém bem informado acredita na falsidade do PAIGC? Foi por acaso que o presidente da república, José Mário Vaz, demitiu o governo liderado por DSP? A questão do "crédito mal parado “continuará por esclarecer?

Digo muito sinceramente que é uma oportunidade perdida continuar a depositar confiança num partido fragmentado e dividido. Trata-se, lamentavelmente, de esvaziar e pôr em risco o futuro risonho das gerações promissoras; isto porque as gerações atuais não tem tido oportunidades para se afirmarem no PAIGC.

Vislumbre claramente que o culpado por todo este "CARNAVAL" é o partido africano da independência da guiné-cabo verde (PAIGC).

Ora, insistir no argumento de que o presidente da república, José Mário Vaz, é o único culpado desta crise democrática preexistente no país é pretender ignorar a realidade e comprar consciência de opinião pública.

E, é claro, não podemo-nos esquecer que o governo liderado por DSP desenvolveu "descalabro económico-financeiro, corrupção, nepotismo, nunca antes vista na Guiné-Bissau.

Portanto, não constitui hoje surpresa para ninguém que o que se passa no parlamento (bloquear agendamento do debate do programa do então governo) é o reflexo da falta de cultura democrática do PAIGC.

Falta de capacidade, habilidade da liderança de Domingos Simão Pereira

Na minha modesta opinião, Domingos Simão Pereira deveria pôr seu cargo à disposição por não conseguir unir as partes desavindas do seu próprio partido.

Na verdade, esta solução encontrada por CEDEAO, não resolve o problema interno do PAIGC e do povo da Guiné-Bissau. Com isto os conflitos crónicos existentes no seio do partido africano (PAIGC), foram apenas adiados para curto prazo.

Creio não haver motivos para alegrar, porque o que CEDEAO fez terá suas repercussões nas próximas eleições ou no próximo congresso a realizar-se em Cacheu. Talvez seja necessário o DSP engolir o seu orgulho, soberba e tentar chegar a um consenso real e verídico ou reconciliar-se com os 15 deputados.

Pergunto: Qual é perspectiva de longo prazo que o Domingos Simão Pereira possuo? É estranho ver este líder "morto-vivo" a fazer mesmo tipo de discurso (O PAIGC É QUE GANHOU AS ELEIÇÕES) como se ganhar as eleições legislativas fosse condição "sine qua non" para garantir a sua governabilidade no sistema semipresidencial.

Entretanto, aqui estamos a espera do próximo combate entre Domingos e Braima Camará. Todos descobriram o mal a não ser aqueles que querem tapar os céus com as mãos.

É mais uma perda de tempo, visto continuar a existir intenso conflito aberto com os apoiantes do presidente da república e apoiantes do Braima Camara.


Termino com esta citação: "Quando a inocência dos cidadãos não está garantida, a liberdade também não está".

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