Que Associações de interesses, de mulheres e
pelas Mulheres da Guiné-Bissau, alguma vez se interessaram pela vida, pela
forma de sobrevivência da maioria das Mulheres da Guiné-Bissau e dos seus
dependentes, sim, quando falamos de Mulheres da Guiné-Bissau, para quem conhece
a realidade presencial, falamos sempre de uma corrente de dependência?
Que Associações de mulheres guineenses
reivindicaram alguma vez a melhoria das condições de vida, ou de sobrevivência
das Mulheres Guineenses, entre bideiras numa infinidade de actividades; as que
se dedicam à lavoura, à pesca, ao sal, ao trabalho doméstico etc., etc., sem
qualquer protecção social, sem qualquer benefício que não o sacrifício de cada
dia?
Que Associações de mulheres guineenses alguma
vez reivindicou a maternidade como um Direito e um Dever do Estado, bem assim,
as condições do bem-estar materno-infantil para as Mulheres Guineenses e seus
filhos?
Que Associações de mulheres guineenses alguma
vez reivindicou Educação, mais e melhores Escolas Públicas; mais e melhores
Hospitais e Centros de Saúde; mais e Melhores Cuidados de Saúde e
Educação,Trabalho, Acção Social, tendo em conta o factor existencial do qual
assenta a Mulher, enquanto Mãe e, como escrevi há uns anos, a principal
Educadora do Universo?
Estaremos ou não a assistir a um
aproveitamento, um oportunismo de intenções deliberadas, de salvaguarda de
interesses pessoais e familiares de um grupo do género feminino, quiçá,
constituído por mulheres, de facto, mas que, não zelam pelos Interesses das MULHERES
GUINEENSES, e sim, dos grupos a que pertencem?
Como estão estruturadas essas Associações ou
Movimentos, juridicamente falando?
São entidades privadas devidamente
legalizadas e legitimadas para falar em nome das MULHERES GUINEENSES, quando
nem as secções femininas dos partidos políticos podem falar em nome das
MULHERES DO PAÍS, como um todo?
Quais são as suas Missões, Visões e
Objectivos?
Só há Associações de mulheres guineenses,
para reivindicar direitos e benefícios políticos de enquadramento na
governação, ainda que reivindicações camufladas em nome de Interesses das
Mulheres da Guiné-Bissau?
Apresentem-me reivindicações, com datas, do
que as ditas Associações ou Movimentos de mulheres guineenses têm feito, em
prol dos Interesses das MULHERES GUINEENSES e, por arrasto, das CRIANÇAS
GUINEENSES.
Provem-me que o que move estas ditas
Associações e Movimentos de "mulheres" guineenses não é a satisfação
dos interesses de um núcleo de mulheres, mas de todas as Mulheres Guineenses!
Com tantas MULHERES a morrerem por problemas
que simples programas de sensibilização ajudariam a evitar, onde estão as
Associações e Movimentos de mulheres guineenses?
Essas Associações e Movimentos, só se dedicam
a questões políticas e quando há crises políticas e em função dos seus
interesses, conveniências, face ao desenrolar das crises?
É fácil reivindicar em nome de quem não tem
voz e usufruir dos benefícios dessas reivindicações, sobretudo, quando nem
sequer vemos membros das ditas Associações ou Movimentos de mulheres,
misturadas com as MULHERES GUINEENSES, que, na sua maioria, não trabalha em
gabinetes, mas nas feiras, nas ruas, no campo, nas bolanhas etc., etc., e cujos
filhos não sabem o que é uma Escola digna do termo.
BASTA, BASTA de tanta HIPOCRISIA!
Desculpem, ter quebrado a promessa, mas não
resisti, pois a abordagem não assenta na crise política propriamente dita,
ainda que abranja sua envolvência.
Positiva e construtivamente.
As ignomínias do Fernado Casimiro só servem para a sua auto-promoção.
ResponderExcluirNelvina Barreto é mulher de trabalho e dedicação às causas públicas Guineenses.
A maioria das organizações de mulheres da Guiné Bissau são entidades devidamente reconhecidas e legalizadas no País. Desenvolvem trabalho em diferentes áreas como a saúde materno-infantil, a educação, a proteção da criança, a luta contra praticas nefastas (mutilação genital feminina, casamento precoce), a actividade econômica, a promoção da igualdade de gênero, a promoção política das mulheres entre outras. São organizações conhecidas e reconhecidas pela sociedade guineense e pelos parceiros de desenvolvimento,pelo trabalho sério que realizam em prol dos interesses das meninas e mulheres, quer nas zonas urbanas como no meio rural. Algumas delas dispensam apresentações como a AMAE, RENLUV, Comitê de Luta contra as praticas nefastas, Plataforma Política das Mulheres. Existem outras mais recentes como a MIGUILAN que se tem distinguido pelo activismo cívico traduzido não só em acções destinadas a pressionar as autoridades do País na busca da paz e da estabilidade, como também no aspecto da equidade, participando na revisão da lei eleitoral, da lei dos partidos políticos e no sistema de quotas para as mulheres. Todas as organizações femininas trabalham incansavelmente junto ao seu grupo alvo-as mulheres, no sentido de minorar o sofrimento diário a que estão sujeitas, de alterar estruturalmente o estatuto de menoridade a que, por força dos estigmas sociais, culturais, econômicos e políticos, ainda afectam duramente as mulheres. O ponto comum da actuação destas organizações femininas com diferentes vocações, e o pressuposto de que sem a paz e estabilidade, os resultados das suas actividades no terreno, serão sempre mitigados. As organizações de mulheres da Guiné Bissau têm a responsabilidade de dar voz às aspirações daquelas que devido às limitações acima descritas e não obstante a sua enorme contribuição para a economia familiar e nacional, ainda são tratadas como cidadãs de segunda zona. Os esforços realizados por estas organizações deveriam ser encorajados e promovidos. A sociedade guineense precisa hoje mais do que nunca, de acções federadoras e menos de críticas destrutivas que só teem por objectivo minimizar aquela que deveria constituir a força motriz para o desenvolvimento e progresso social e econômico do País- a MULHER GUINEENSE! Por Nelvina Barreto
Africano da Costa A maioria das organizações de mulheres da Guiné Bissau são entidades devidamente reconhecidas e legalizadas no País. Desenvolvem trabalho em diferentes áreas como a saúde materno-infantil, a educação, a proteção da criança, a luta contra praticas nefastas (mutilação genital feminina, casamento precoce), a actividade econômica, a promoção da igualdade de gênero, a promoção política das mulheres entre outras. São organizações conhecidas e reconhecidas pela sociedade guineense e pelos parceiros de desenvolvimento,pelo trabalho sério que realizam em prol dos interesses das meninas e mulheres, quer nas zonas urbanas como no meio rural. Algumas delas dispensam apresentações como a AMAE, RENLUV, Comitê de Luta contra as praticas nefastas, Plataforma Política das Mulheres. Existem outras mais recentes como a MIGUILAN que se tem distinguido pelo activismo cívico traduzido não só em acções destinadas a pressionar as autoridades do País na busca da paz e da estabilidade, como também no aspecto da equidade, participando na revisão da lei eleitoral, da lei dos partidos políticos e no sistema de quotas para as mulheres. Todas as organizações femininas trabalham incansavelmente junto ao seu grupo alvo-as mulheres, no sentido de minorar o sofrimento diário a que estão sujeitas, de alterar estruturalmente o estatuto de menoridade a que, por força dos estigmas sociais, culturais, econômicos e políticos, ainda afectam duramente as mulheres. O ponto comum da actuação destas organizações femininas com diferentes vocações, e o pressuposto de que sem a paz e estabilidade, os resultados das suas actividades no terreno, serão sempre mitigados. As organizações de mulheres da Guiné Bissau têm a responsabilidade de dar voz às aspirações daquelas que devido às limitações acima descritas e não obstante a sua enorme contribuição para a economia familiar e nacional, ainda são tratadas como cidadãs de segunda zona. Os esforços realizados por estas organizações deveriam ser encorajados e promovidos. A sociedade guineense precisa hoje mais do que nunca, de acções federadoras e menos de críticas destrutivas que só teem por objectivo minimizar aquela que deveria constituir a força motriz para o desenvolvimento e progresso social e econômico do País- a MULHER GUINEENSE! Por Nelvina Barreto. Mulher que trabalha arduamente para o seu País.
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