O antigo primeiro-ministro guineense Aristides
Gomes, de etnia manjaca, disse hoje que regressa à Guiné-Bissau na próxima
semana e que ainda não foi notificado para ser ouvido pelo Ministério Público
no âmbito da investigação ao desaparecimento de cocaína à guarda do Estado.
"Para a semana vou para Bissau e
infelizmente ainda não recebi nenhuma notificação para ser ouvido",
afirmou Aristides Gomes, numa entrevista exclusiva à rádio privada guineense
Pinjiguiti.
Fonte judicial disse na segunda-feira que o
antigo chefe do governo guineense, que se encontra em França, deveria ser
ouvido na próxima semana no âmbito da investigação ao desaparecimento, em
Setembro de 2006, de 670 quilogramas de cocaína dos cofres do Tesouro Público.
Segundo a mesma fonte, a audição de Aristides
Gomes é a última de um conjunto de outras feitas a vários ministros do anterior
governo guineense.
O inquérito do Ministério Público ao
desaparecimento de 670 quilogramas de cocaína foi aberto na sequência de um
relatório de uma comissão inter-ministerial criada pelo actual governo
guineense, liderado por Martinho N`Dafa Cabi, e pretende confirmar se a droga
foi realmente queimada.
"Eu consegui fazer as maiores apreensões
de droga da história da Guiné-Bissau", afirmou Aristides Gomes à rádio
Pinjiguiti, sublinhando que queimar droga não é trabalho do primeiro-ministro e
que deu ordens nesse sentido.
Aristides Gomes referiu que a droga foi para
os cofres do Tesouro Público por questão de segurança, mas que a chave ficou
com a Polícia Judiciária e sob o controlo do Ministério Público.
"Eu não vi a cor da droga, não vi a
chave e o cofre, mas dei a ordem para a droga ser queimada e recebi informações
de que a cocaína foi incinerada e eu tenho confiança nas pessoas com quem
trabalhei e em como cumpriram as indicações que dei no âmbito da luta contra o
narcotráfico", disse o antigo primeiro-ministro, acrescentando que se o
governo tivesse outras intenções não fazia uma declaração pública sobre a
apreensão da cocaína.
Quando questionado sobre a apresentação de
provas, Aristides Gomes disse que lhe foram apresentadas informações e que há
uma filmagem de vídeo.
A Guiné-Bissau está referenciada como
"placa giratória" da cocaína proveniente da América Latina e com
destino à Europa, nomeadamente ao mercado espanhol.
A falta de meios para combater o narcotráfico
é a principal razão para que a Guiné-Bissau se tenha tornado uma "placa
giratória" do mercado do tráfico de cocaína, segundo a ONU.
Um relatório do secretário-geral da ONU, Ban
Ki-Moon, hoje divulgado em Nova Iorque refere que o tráfico de droga na
Guiné-Bissau ameaça a consolidação da democracia no país.Com a Lusa…
Qual é o mal de ser Mandjaco? Então conhece quem foi preso anos na Europa por tráfico de drogas e agora é patrão na Guiné?
ResponderExcluirKKkkkkkkkkk.....
ResponderExcluirEs propi k cusa