terça-feira, 28 de outubro de 2014

CPLP, Dificuldades de ligações aéreas excluem empresários da conferência


Dificuldades de ligações aéreas para a Guiné-Bissau estão a limitar a presença de empresários da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) numa conferência que decorrerá em Bissau entre quarta e quinta-feira, disse hoje fonte da organização.

A conferência "parcerias público-privado para competitividade" é organizada pela confederação empresarial da CPLP e visava juntar em Bissau empresários dos oito Estados membros do espaço lusófono mas tal já não será possível, afirmou Carlos Pinto Pereira, da organização do evento.

De acordo com Carlos Pinto Pereira, a reunião contará apenas com as presenças de empresários de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, uma vez que os dos outros países não conseguiram voos de ligação para Bissau.

O responsável explicou que a delegação cabo-verdiana que já se encontra em Bissau teve de chegar com três dias de antecedência.

"De outra forma só estariam cá dois dias depois da conferência", sublinhou Pinto Pereira, afirmando que a questão de falta de voos de ligação com a Guiné-Bissau e entre os países da CPLP será um dos temas a ser debatido na conferência que será aberta pelo primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira.

Empresários portugueses inscreveram-se para o encontro mas não confirmaram a sua vinda, pelo que Carlos Pinto Pereira acredita que a vir alguém será na delegação do ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, que vem tomar parte na cimeira extraordinária de chefes da diplomacia da CPLP, na quarta-feira.

Antecipando o formato do encontro, Carlos Pinto Pereira explicou que durante a manhã de quarta-feira terão lugar as intervenções genéricas "para captação de subsídios" dos empresários sobre a sua contribuição para a competitividade no espaço lusófono.

E durante a tarde, será a vez dos membros do Governo guineense apresentarem as potencialidades e oportunidades de negócios nos setores da agro-indústria, pesca, turismo e minérios.

O Governo guineense também vai dar a conhecer aos empresários quais as perspetivas para os setores da energia, infraestruturas, transporte e comunicações, adiantou Carlos Pinto Pereira, que vê no encontro uma oportunidade para o executivo mostrar "uma nova cara da Guiné-Bissau".

Os empresários guineenses e estrangeiros que operam na Guiné-Bissau vão ter oportunidade de apresentarem a sua visão sobre o ambiente de negócio no país e quais as mudanças que gostariam de ver introduzidas pelo Governo, notou Pinto Pereira.


Sobre o futuro do país, o responsável afirmou existir "boas perspetivas e sinais encorajadores" apontando o projeto de energia sub-regional da barragem de Kaleta que deve entrar em funcionamento em 2015, a instalação do cabo submarino de fibra ótica e ainda projetos de construção de estradas com financiamentos já assegurados.

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