quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Isabel dos Santos entra na guerra da Oi

Esta estratégia foi suportada pela assembleia-geral da operadora angolana realizada esta terça-feira, onde os accionistas classificaram como "claro e grave o incumprimento reiterado do acordo parassocial por parte da PT/PTI, sendo o mesmo gerador de perda de confiança no accionista, pelo que todas as opções legais estão disponíveis e em ponderação", de acordo com uma nota divulgada pela Unitel.

Uma delas passa por comprar a posição que a CorpCo vai deter na Unitel pelo seu valor patrimonial. Os angolanos querem ser tomados em consideração. Isabel dos Santos passa assim a mensagem de que a sua palavra é decisiva e que sem ela qualquer acordo entre os portugueses e brasileiros, relativamente à Unitel, será inviabilizado. Os accionistas da Unitel argumentam que a transferência da participação que a PT detém na operadora para a CorpCo "terá como consequência indirecta a alteração da estrutura accionista" o que, a acontecer, "viola o acordo parassocial celebrado entre os accionistas" da empresa em Dezembro.

Isabel dos Santos e a Unitel sublinham que existe um acordo entre accionistas que estipula o direito de preferência entre os demais, caso qualquer um dos accionistas transfira as suas acções, acrescentando que esse entendimento, feito à luz das leis angolanas, determina que se essa obrigação não for cumprida por um accionista, os accionistas poderão comprá-la pelo valor patrimonial.  


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