O Presidente do Partido Africano da
Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), considerou o acordo de Conacri de
pondo de partida para a reconstrução da sua bancada parlamentar e oportunidade
para os militantes voltarem à casa.
Domingos Simões Pereira que falava hoje num
encontro com os dirigentes e militantes do partido no qual esclareceu o acordo
assinado em Conacri, frisou que os estatutos do partido são inegociáveis.
Sustentou que o funcionamento de qualquer
associação ou organização se baseia na disciplina e nas suas leis internas.
“Temos os estatutos do partido para cumprir e
como já frisou os mesmos não são negociáveis. Temos que ser capazes de renovar
os nossos compromissos com as leis vigente no PAIGC, para consciencializar a direcção
superior do partido de que há um facto novo que vai permitir o início do
processo de reintegração dos camaradas expulsos do partido “disse.
O líder dos libertadores disse que tudo está
nas mãos dos dirigentes em causa, salientando que o partido está imbuído de um
espirito de reconciliação e satisfeito porque vê-se um esforço no sentido de
promover a unidade e coesão interna do partido.
Simões Pereira afirmou que foram a Conacri
mandatados pelos órgãos superiores do partido e de acordo com instruções dos
mesmos, vão defender só um princípio que é o PAIGC que ganhou as eleições e
deve ser ele a designar o próximo Primeiro-ministro, razão pela qual e de acordo
com os estatutos do partido, na impossibilidade de ser o Presidente é o
primeiro vice-presidente que deve ocupar o cargo de Primeiro-ministro.
“Por isso voltamos a propor o nome de Carlos
Correia para chefiar o novo Governo, mas reconhecemos que as nossas
instituições da república estão bloqueadas e o país está parado e era preciso
aproveitar esta oportunidade que os parceiros internacionais nos dão por isso o
partido cedeu “,contou.
Para Domingos Simões Pereira, as
justificações dos facilitadores nas negociações e a realidade da situação
vigente no país obrigaram ao partido a aceitar a proposta de ser o primeiro
magistrado da Nação a indigitar os nomes onde sairá o Primeiro-ministro que vai
dirigir o destino da Guiné-Bissau até as próximas eleições legislativas de
2018.
O Presidente dos libertadores disse que nos
três nomes dados pelo chefe de Estado já foi escolhido um, e, segundo ele, cabe
ao Presidente da República anunciar aos guineenses quem é o escolhido.
“Nos três nomes propostos, um deles é a
figura próximo do Presidente da República, o outro é uma figura independente e
o terceiro, por sinal, é um dirigente do PAIGC no qual a nossa escolha recaiu.
Agora o que está no acordo é que a pessoa deve ser da confiança do chefe de
Estado e de consenso entre os partidos políticos representados na Assembleia
Nacional Popular “, vincou.
Domingos Simões Pereira reconheceu que o país
está a enfrentar uma situação difícil e que é necessário que cada um seja capaz
de congregar os esforços para poder desbloqueá-lo. ANG
Esperamos que tudo vai ter um bom fim para guine bissau
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