segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Guiné-Bissau, Porquê mendigar hoje?

Por, JAMES WILBONH FLORA

Seja quem for:
-de sangue Europeu
-de mestiçagem étnicas
-de que etnia e religião for
-seja com que tonalidade da pele
-nascido onde quer que seja dentro do território nacional ou fora (descendentes dos Pais Guigui).

A verdade é que, ser Guineense é mesmo isso, a nossa Mestiçagem, que é a nossa essência, que resume a GUINENDADI. Quem preenche estes e demais requisitos, é cidadão Guineense com o pleno Direito.

Agora isto é uma coisa a parte, muito diferente do PATRIOTISMO de que hoje temos muita falta infelizmente. Sobretudo falando da classe Dirigente do nosso País, onde lamentavelmente, não faltam os ditos VENDES-PÁTRIA, o que é Extremamente grave.

Somos um dos Povos do Mundo, com um tão invejável Património Histórico em termos das Conquistas dos direitos Humanos e autodeterminação Territorial.

Hoje, não temos nada que estar a correr atrás de ninguém seja ele, Europeu ou Africano, sujeitando um monumental vergonha como aquela encenação da TAP e a atitude da CPLP a quando da Transição.

Como dizia o Conjunto Mamadjombo: “Somos pequenos no tamanho i garandi na Fama”

Cabral dizia: “Haverá sempre Camaradas nossos, que vão querer matar a nossa História e a nossa Revolução, mas duma maneira a outra, a nossa resistência vai continuar e vai vencer, e dar seus frutos ao favor do Povo. Quero afirmar aqui que a nossa Resistência é preconizada não só para expulsar o Imperialismo do nosso território Nacional, mas sim também encetar uma cerrada combate em larga escala, contra qualquer forma da dominação e injustiça seja onde ela estiver. Isto, faremos a partir deste exíguo pedaço de Terra para Mundo fora.”

Para provar isso, eis a preocupação de Cabral: na altura em que tinha consciência que estava a derrotar os inimigos no Território Nacional, cedo alargou as frentes da luta política.

Estamos a lembrar da sua ativa investida política externa, em constante contactos a partir de Conakry com líderes dos Movimentos da Libertação das ex-colónias Portuguesas em África e Timor Leste.

E mais, lembrar que o Amílcar Cabral, teve muitos contactos próximos com antissalazarista exilados no Estrangeiro. Aqui lembramos o Contributo valioso prestado pelo Dr. Manuel Alegre, na difusão de Programa do PAIGC na Rádio Argel, e de constantes contacto com Dr. Mário Soares em Paris e outros.

Estou a falar deste modo, no aquilo que muitos definiram como, a “Perversão ou o Paradoxo da Guerra Colonial na Guiné-Bissau”!

Quer dizer, o regime Salazarista, de Europa, enviou Tropas para Metrópole como objectivo da expansão do seu Império, o que realmente conseguiu na primeira fase, até que inesperadamente quando claramente surgiu, um País tão pequeno com uma Liderança invulgar a oferecer uma Resistência Armada exemplar e Histórica, e combatendo não só para libertar o seu Território Nacional, mas sim participar também direta e indiretamente na organização dos outros Movimentos da Luta para Libertação em África em Asia. Deste modo influenciando diretamente na (Des)colonialização das Colónias do Império Português em África e Timor Leste. E finalmente, a estrondosa derrota dos Portugueses na Guiné-Bissau, por muitos, foi a Gota d’Água para que os Capitães de Abril (maior partes antigos Guerrilheiros vindas da Guiné) organizassem o Golpe de Estado de 25 de Abril em Portugal, que deu também a Liberdade a Portugal...

Cabral assim, além ser Ele, um estratego nato também ele em si (e o seu Povo) é um “Paradoxo positivo”, um homem que antecipou o Conceito da Globalização dos Direitos para que qualquer homem possa viver com a dignidade.

Camaradas temos que orgulhar de ser o que Somos e assumir a nossa Heroica História, conta-la, aos nossos Netos e promove-la para Mundo fora.

NUNCA ficar a espera de milagres de CI, CPLP, Grupos de Contactos, que não passam de uma nova “Legião” Pensada de fora, para obrigar-nos uma extrema dependência Económica que é a porta escancarada para o Neocolonialismo em África.


Pôr mãos na Lama- Si aonte nô consigui, pabia quê k aôs no larga mom? Pa para Humilha alma di quilis ke darma sê sangui pa fassi história de nô Terra-

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