sábado, 19 de novembro de 2016

PAIGC demarca-se da decisão de José Mário Vaz que nomeia Umaro Sissoco primeiro-ministro

A Guiné-Bissau tem um novo Primeiro-Ministro. O Presidente Vaz nomeou Umaro Sissoko Embalo ontem a tarde para chefiar o governo através do Decreto presidencial 10/2016. A tomada de posse teve lugar ao início da noite de ontem. O novo Primeiro-Ministro, Umaro Cissoko e Cipriano Cassama já vão a caminho de Dacar…
  • Partido africano para a independência da guiné e cabo verde
  • Comissão Permanente do Bureau Político
  • Comunicado de imprensa

No dia 16 de Novembro corrente, o Senhor Presidente da República convidou os Partidos com assento parlamentar para uma audiência, alegadamente em conformidade com o artigo 68º, alínea g), da Constituição da República, a fim de cumprir as formalidades para proceder à nomeação de um novo Primeiro-ministro.

Todos esperavam que nessa audiência, Sua Excelência o Senhor Presidente da República reafirmasse aos Partidos políticos o cumprimento do consenso estabelecido em Conacri, o que não aconteceu.

Com efeito, face aos Acordos de Bissau e de Conacri, o Senhor Presidente da República tinha duas opções:

1 – Pôr fim à crise política e institucional prevalecente, conforme plasmado na sua comunicação à Nação, no dia 15 de Novembro, ou

2 – Prosseguir com a crise, por ele criada e ininterruptamente sustentada.

Ao nomear agora o Sr. Umaru Sissoko Embaló, o Senhor Presidente da República, assume inequivocamente a denúncia explícita do Acordo de Conacri, e opta pela continuidade da crise, o que Infelizmente não surpreende ao Povo Guineense, pois o Sr. Presidente da República já nos acostumou a dizer uma coisa hoje e fazer outra amanhã.

Mas, ao denunciar o Acordo de Conacri, o Sr. Presidente da República pôs em causa de forma irresponsável todo o esforço e sacrifício consentidos pelos diferentes atores políticos e sociais do País, assim como da Comunidade Internacional, particularmente da CEDEAO, na busca de uma saída para a crise política da Guiné-Bissau que, já há um ano e meio, afeta, sobremaneira, a vida de todos os guineenses.

O PAIGC demarca-se por isso desta decisão do Sr. Presidente da República, responsabilizando-o por todas as consequências daí decorrentes, e manifesta a sua firme e inabalável determinação em continuar a luta pela afirmação do Estado de Direito Democrático, ao lado de todas as forças progressistas do País.

O PAIGC convida a CEDEAO e toda a Comunidade Internacional a continuarem a acompanhar o Povo Guineense nesta luta pela defesa das conquistas democráticas e da liberdade, opondo-se frontalmente aos sinais evidentes de implantação da ditadura na Guiné-Bissau.

A Comissão Permanente do Bureau Político apela a todos os simpatizantes, militantes e dirigentes do PAIGC, assim como à população guineense em geral, a manterem-se serenos e tranquilos, mas atentos e mobilizados para, na disciplina e permanente observância dos ditames constitucionais e democráticos defender as conquistas, os princípios e os seus valores fundamentais do Estado da Guiné-Bissau.

Bissau, 18 de Novembro de 2016.
A Comissão Permanente do Bureau Político
Domingos Simões Pereira

O Presidente

Um comentário:

  1. obrigados jovem de partido independência da guine e cabo verde eu,apoiamos veementemente ate quando srº economista devolve partido ganhador de eleições poder via guine viva todos povos e cidadão rumo a democracia!! eu não gosto de politicas mas acabei de gostar por esta resposta tão importante que alguns intelectual estava esperar. Obrigados ilustres de partidos força um abraços.

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