As últimas eleições demonstraram como é curta
a memória do povo. Verdade seja que, desta vez, não terá sido apenas a curta
memória, mas também, o desnorte dos que detiveram o poder, e colocaram o
eleitor num beco sem saída. Seja como for, não podemos entender que uma crise,
cuja génese foi o PAIGC, procure a mesma origem para a sua debelação.
Ou será que o “ clube politico do PAIGC” esta
de tal forma organizado e enraizado que apenas quis mudar de directriz em
rotação convencional?
“- Para fazer face aos grandes desafios do momento o PAIGC deverá retirar os ensinamentos e as lições que então permitiram uma nova reorientação para a gloriosa Luta Armada de Libertação Nacional, indo buscar novas fontes de energia política, intelectual e militante à Cassacá mas próximas comemorações do 20 de Janeiro, Dia dos Heróis Nacionais;- Doravante cada responsável de uma estrutura a cada nível da sua responsabilidade deverá ter a capacidade de resolver os problemas locais tendo por base os Estatutos e a militância e quem não tiver ou demonstrar capacidade de liderança deve deixar o lugar para os que demonstram no dia-a-dia da sua activa militância estarem a altura de levar por diante s defesa dos superiores interesses do PAIGC;- Aguarda enquanto líder do PAIGC uma nova postura da UDEMU após o seu próximo Congresso enquanto organização de massas do partido cujo papel e participação nesta fase de luta que o nosso Partido enfrenta deve-se situar à altura dos pergaminhos e exemplos das mulheres combatentes.- Em relação à JAAC o exemplo personificado pelo jovem Daniel da Mata deve ser o modelo de participação e dedicação que a organização reserva segura e combativa do PAIGC deve seguir;” - Domingos Simões Pereira
Realmente o que tem acontecido no panorama
política guineense leva-nos muitas vezes a pensar se os políticos não estão a
imitar os muitos advogados que se irritam com os colegas na barra dos tribunais
para sensibilizar o cliente e que, depois, em privado, combinarem a melhor maneira
de, como diz o povo, “ fola Baka, na mindjor maneira”.
Só assim se podem entender certos actos para
os quais à luz de um recto raciocínio não arranja entendimento! Todavia, e
mesmo assim, espanta que o povo guineense, depois dos sucessivos insucessos dos
governos do PAIGC em toda a parte e até na sua própria casa, lhe tenha
conferido novo mandato, ora falhada.
Se isso não é Algofilia…
Caminha com mais segurança…. Aquele que preservar o passado com cortina de vidro para ler sem ter de voltar a página. Não será sensato comer à mesa com a permanente lembrança do passado, mas já o será se nele meditarmos de quando em vez, para alicerçar o futuro… e o alicerce é sempre indispensável para o equilíbrio de qualquer construção!
O PAIGC servirá para distribuir (porque isso
normalmente não faz suar), mas este pobre povo guineense já distribuiu o que
tinha e não tinha, e agora vive a pedir.
Será então que o eleitor quis PAIGC a
pedincha?
O pior é que os credores, normalmente, não
emprestam ao pedinte que não dê garantias de pagar “ o tal misterioso resgate
do Geraldo Martins”, e nos não vamos pagar com poder político falidos, com
absentismo e com anarquia do Cipriano cassama na Assembleia Nacional Popular e
o comodismo administrativo que isto tudo permitem ao José Mário Vaz. Por isso
não acreditamos que possamos continuar a viver de empréstimo ou da generosidade
dos outros.
É mister reconquistar a dignidade do povo
guineense e regressar ao trabalho com honestidade, e não vemos como quem ajudou
e continua ajudar à anarquia tenha capacidade para fazer o contrário.
O povo Guineense, que é pacato e na sua
maioria animista, certamente acreditou nas “ mandjiduras”; E nós bem
desejávamos que acreditasse a desilusão do PAIGC e seus dirigentes… Só que
estas “ mandjiduras” só virão pelo trabalho aceite como obrigação colectiva, e
pela capacidade de gestão dos que governam, e nunca fará a sua “ mandjidura” na
janela da demagogia do PAIGC.
Para terminar, faça lembrar os dirigentes do
PAIGC e os seus satélites partidos, que o futuro se constrói principalmente
meditando e eliminando os erros do passado.
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