sábado, 22 de novembro de 2014

DOMINGOS SIMÕES PEREIRA, PRIMEIRO-MINISTRO DA GUINÉ-BISSAU, PEDE MERCENÁRIOS NA ONU

Se alguém tinha dúvidas de que Domingos Simões Pereira era o “presente envenenado” do bando que, a todo custo, pretende apoderar-se dos nossos recursos, essa dúvida dissipou-se com o pedido que apresentou nas Nações Unidas sobre a integração de mercenários para proteger as instituições ou figuras públicas no nosso país.

E podemos afirmar que acaba, assim, de ser dado “tiro de partida” para a Parte II da colonização da nossa terra. Ficou mais uma vez comprovado que ele (Domingos S. Pereira) não passa de um lacaio ao serviço do bando internacional disfarçado de amigos da Guiné-Bissau! Se o atual chefe do executivo guineense assumisse publicamente, em campanha eleitoral passada, que iria recrutar mercenários para proteger membros do Governo em detrimento das forças nacionais, de certeza, não ganharia com maioria na Assembleia Nacional Popular. Sendo um povo soberano, todos sabemos que matérias com esta envergadura se debatem, antes de mais, em fóruns nacionais, de preferência, com os deputados eleitos. Ora, como é que se deslocam o Primeiro-ministro e o Presidente da Assembleia Nacional Popular para Nova Iorque, na ONU, nas costas do povo, no dia 21 de Novembro, com um pedido desses às Nações Unidas e aos “parceiros internacionais” do Governo, defendendo a manutenção da força de estabilização da ECOMIB e a “integração de outras como as da CPLP, UA e EU”?  Não é por acaso que a Ministra das Forças Armadas, Cadi Seidi vangloriava dizendo "Tenho fé que as Forças Armadas da Guiné-Bissau, daqui para frente, não se deixarão envolver por políticos para trair o juramento que fizeram em servir a Pátria com a própria vida se for necessário. Nunca mais serão envolvidos na instabilidade". A conclusão que se tira, hoje, é de que o significado do termo “reforma” pressupõe o “desmantelamento” das nossas forças armadas.

Este espetáculo já havia sido ensaiado, em Maio, em Malabo, na cara impávida e serena do Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, pelo Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros português, Luís Campos Ferreira, sem que nada acontecesse ao diplomata estrangeiro. O mesmo cenário volta repetir-se pela boca de um “mal-tomado” guineense. O que os tugas não conseguiram alcançar no terreno durante longos anos da guerra colonial agora julgam ter chegado o momento para atingir os seus intentos na secretaria de Ban Ki-moon.

Todos sabemos as consequências da “má governação” em África e no nosso país. A história política recente na Guiné-Bissau descreve essa situação. Portanto, um dos objetivos desse bando visa inverter o sentido dessa mesma história para, efetivamente, se poder implementar a tão almejada “má governação”. E, para eles, para que o plano se concretize, não basta a força da ECOMIB, mas sim a inclusão das forças de todo o mundo. Daí a afirmação de que os apoios dos parceiros internacionais do Governo guineense não é direcionado às forças armadas do país, que no fundo deverão ser até acantonados ou transformados em milícias campesinas. 

A Guiné-Bissau não é um país instável! Mas, a estratégia do banco com Domingos Simões Pereira à cabeça pretende transformá-la numa Somália na costa ocidental de África. A conta disso, são forjados inúmeros argumentos tais como as que foram apresentados pelo Representante do Secretário-geral da ONU em Bissau, Miguel Trovoada, numa reunião do Conselho de Segurança, onde defendia que o nosso país estaria "numa fase crítica, em que não se pode conformar com o "status quo", sob pena de perder todos os ganhos conquistados para a democracia." E que "O clima de desconfiança entre civis e militares persiste", o que implica a necessidade absoluta da “reforma no sector da defesa e da segurança”.


O mundo precisa de saber da boca deste quadrilha liderada pelo chefe do Governo, Domingos Simões Pereira, Presidente da ANP, Cipriano Cassamá e do Representante do Secretário-geral da ONU, Miguel Trovoada, se a Guiné-Bissau já sofre de ameaça dos Jiadistas do Movimento Nacional para a Libertação de Azawad? Existe luta de fações na nossa terra como acontece entre os Seleka e anti-Balaka da República Centro-Africana? Na nossa terra temos rebeldes de Casamansa, de Uganda e de Ruanda que atacam na República Democrática do Congo? Há Renamo na Guiné-Bissau? Ou será que o pedido da “força mercenária de estabilização” dirigido ao Conselho de Segurança é fundamentado pela presença, no nosso território, de bandos pertencentes a Boko Haram da Nigéria que atacam nos países vizinhos, raptando crianças e estrangeiros? Meus senhores, qual é a vossa noção de paz e de estabilidade, na Guiné-Bissau?

10 comentários:

  1. Oh sr. Primeiro ministro, porquê que você não pediu no NY ajudas financeiras para construções de barragens, estradas, centros de saúdes, hospitais, máquinas agrícolas, centros de formações profissionais, regresso de muitos quadros superiores, médios e profissionais espalhados na diaspora, e pede " Força conjunta " para qué? !!Para criar mais confusão no país!!! - volte sua excelência imediatamente à NY e cancele esse pedido. A Guiné-bissau não está em guerra. Basta a força da ECOMIB e as FARP. O PM ainda não tem dinheiro para levar avante a reforma das forças da defesa e segurança! A onde vai sair com dinheiro para pagar salários desses efectivos que ganham balúrdios? !!Para criar mais confusão no país!!!

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  2. Vamos lá ver se eu entendo quem escreveu este artigo e também o anónimo que comentou. Então vocês acham que a Guiné-Bissau é um país estável? Aonde está a estabilidade? Com certeza, não devem saber o significado da estabilidade, se não sabem? Então, vão ao dicionário ver o significado, se mesmo assim não conseguem entender, então, procurem alguém que sabe para vos informar. Acham que a Guiné-Bissau é um país estável? Quantos governos e presidentes da república terminaram os seus mandato? "Nenhum" há 40 anos da independência, é só golpes de estado atrás de golpes, mesmo assim, acham que o país está estável? Tenham santa paciência, ponham as vossas mãos na consciência e deixem de fazer criticas por tudo e por nada. Na minha modesta opinião, a ONU já deveria colocar há muito tempo uma força constituída pelos países da CPLP no terreno e não ECOMIB porque esses, não estão a fazer nada mas nada mesmo. Eu amo Guiné-Bissau país que me viu nascer há 65 anos e gostaria de a ver pelo menos como foi na era colonial. Por isso, meus senhores não escrevam e nem comentem quando não têm capacidade para tal.

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  3. Sou indefernte. A responsabilidade neste assunto é pura e simplesmente do Governo Liderado pelo Sr. Domingos Simoes Pereira.Ele é que dirige o país. Portanto a responsabilidade é toda sua.

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  4. Eu gostaria de emitir a minha modesta opinião em relação a tudo isso que de certeza vai ser polemizado, vai fragmentar a opinião publica e desviar atenções. Quem constrói estabilidade? quem é responsável pela manutenção da estabilidade? e por ultimo o que é a estabilidade? O Governo constrói, através dos seus atos, ele é responsável por sua manutenção e a estabilidade é o equilíbrio econômica, que suporta todas as outras formas de equilíbrio politica, militar e social. Portanto, a estabilidade para mim tem significado transversal, gera situações que se auto-dependem. Disto temos a estabilidade econômica, como alicerce de todas outras estabilidades, quem garante estabilidade econômica é o governo, através de suas politicas, houvendo salario, boa ou má é o governo, mortes políticos injustificados, é o governo, a pobreza extrema é o governo, o analfabeto é o governo, falta de estradas é o governo, falta de luz e água é o governo, todos estes aspectos interagem para a garantia de paz, que é a palavra mãe de estabilidade. Se o governo não for capaz de de assegurar tudo isso, eu concordava com aqueles que tem militares como bode expiatório. A Estabilidade que vivemos até aqui é coisa podre, as fricções internas dos partidos, sobressaem e circulam de boca em boca, evidenciam clara tendencia de derrubar A ou B, com métodos anti-democríticos e assumir o poder. Isso já vem depender da influencia da pessoa descontente nas casernas. A estabilidade, é sinônimo de todos iguais, todos diferentes. A dias fala-se do salario dos Deputados, mas não se falou o dos Engenheiros Agrônomos que é uma vergonha nacional, não seria instabilidade quando se mover o governo só dum lado? o nosso dedo é demasiado mole para mexer com a nossa mente, talvez seria ideal, usarmos um martelo para este efeito. Enquanto persiste iguísmo, a cultura de clientelismo, a injustiça social, não haverá estabilidade nenhuma, mesmo com forças armadas de onde. Porque a pobreza é fator de corrida ao poder, para se realizar como outros que já la estiveram. a prevalecer a situação de onde não ha pão, todos se ralham e ninguém tem razão, nem pensar na estabilidade. Em todos os golpes de estado, que assisti, por felizmente sempre estou cá, a unica que instituiu o poder militar aqui é 14 de Novembro, de la para cá o poder é devolvido a civis, civis políticos, mas nunca recusaram, o que isso significa? alguém tem material, mas alguém o empurrou para praticar ato a seu beneficio. Com isso os principais instabilizadores são o políticos. Encomendam golpes, para doutra forma ascenderem ao poder. Eu concordava que as Nações Unidas assuma o destino do País, durante 10 anos, preparar uma nova geração de políticos, com outras mentalidades em relação aos problemas nacionais. A UN, organiza reformas em todos os sectores, onde não haverá possibilidades de clientelismo, nepotismo e alguma dosagem de tribalismo. Nós não somos e seremos capazes disso, enquanto os meus próximos serão os primeiros, isso vai continuar na mesma estaca. Mais um exemplo de instabilidade, a recente onde de confiscação de Gado no Norte, quem dirigiu? é o Governo! e depois acabou por devolver gados aos donos, sem pedido formal de desculpas, asneiras do governo.

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  5. Rui Lopes Bento Preparem- se para uma guerra na Guiné bissau. O sr. Primeiro ministro da Guiné bissau recruta mercenários estrangeiros para à guarda civil e presidência e corpos diplomáticos e políticos no país. O sr. DSP está à ser mal aconselhado pelo presidente da ANP.se por alguma razão haver conflitos na Guiné bissau estes dois senhores serão responsabilizados politicamente. Existe um esquema à ser montado pelo governo guineense aproveitando da ignorância dos militares em fazer reformas através da sua ministra de defesa para poder enfraquecer às forças armadas guineenses para poder introduzir forças estrangeiras no país. Se isto acontecer estaremos sob um atentado no país, criando um outro conflito no país. Aos militares ponham- se à pau com este governo no poder. Espero que não exista à luta dos contrários no país.

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  6. Secuna Baio Cassamá Paremos de desestabilizar o país. Haja mais responsabilidade e idoneidade nas declarações. Não consigo entender como muitos guineenses conseguem ser tão invejosos ao ponto de desejar o mal para quem está fazendo seu trabalho com responsabilidade. Chega de tantas mentiras! Tentem exercitar a honestidade! Deixem de calúnias, façam o que lhes cabe fazer.

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  7. PRIMEIRO-MINISTRO GUINEENSE, DOMINGOS SIMÕES PEREIRA PEDE RENOVAÇÃO DO MANDATO DA ONU NO NOSSO PAÍS

    O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, pediu hoje nas Nações Unidas que a organização renove o seu mandato no país.

    "A fase em que estamos no processo de estabilização e reconstrução do nosso estado de direito e da nossa economia requer que a Guiné-Bissau continue na agenda das Nações Unidas com um acompanhamento contínuo. Por isso, defendemos, no imediato, a continuação do UNIOGBIS", defendeu o primeiro-ministro perante o Conselho de Segurança da ONU.

    O actual mandato do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) termina a 30 de Novembro. O Conselho de Segurança deve decidir até Fevereiro sobre um novo mandato.

    Simões Pereira disse que fez o mesmo pedido no inicio do mês, aquando da visita da Missão de Avaliação Estratégica das Nações Unidas, que terminou a 14 de Novembro. O relatório desta visita, que deve servir de base a uma decisão, será divulgado em Janeiro.

    Semanas depois, em Fevereiro, o país vai organizar uma mesa redonda com parceiros internacionais. No seu discurso, o primeiro-ministro designou o encontro de "conferência de doadores" e pediu o apoio da ONU, agradecendo o facto de a organização ter mantido o país na agenda e considerando a sua colaboração como estratégica.

    "A Guiné-Bissau regressa a este fórum de diálogo em estado de renovação completa, com novas autoridades políticas e uma nova esperança de construir um estado e uma sociedade mais mobilizada para as grandes aspirações nacionais", disse ainda o primeiro-ministro.

    Simões Pereira explicou que o acordo "entre os principais partidos políticos nacionais, em particular entre o PAIGC e PRS, os dois partidos maioritários no parlamento, é um pilar de governação e condição suficiente para proceder a reformas inclusivas e ajustes das instituições fundamentais do Estado."

    "Apesar dos significativos avanços, muito encorajadores, o Governo admite com realismo que existem riscos e fragilidades importantes que merecem atenção e respostas adequadas", disse o responsável.

    Também esta terça-feira, Simões Pereira participou na reunião de alto nível do Grupo Internacional de Contacto sobre a Guiné-Bissau (GIC-GB).

    Na reunião, estiveram ainda presentes o representante Especial do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau, Miguel Trovoada, o secretário Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o embaixador Murade Murargy, e o representante Especial da CPLP na Guiné-Bissau, António Alves Lopes.

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  8. Compare essa noticia acima publicada pelo CONOSABA e o outro e o outra em questão. Abram os olhos.

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  9. As pessoas que não tem o que fazer fica montando mentiras e calúnias na internet para denegrir A imagem de Guiné bissau e dos nossos políticos criando conflitos ódios entre irmãos camaradas parem com isso vamos trabalhar juntos para vivermos na unidade

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  10. As pessoas que não tem o que fazer fica montando mentiras e calúnias na internet para denegrir A imagem de Guiné bissau e dos nossos políticos criando conflitos ódios entre irmãos camaradas parem com isso vamos trabalhar juntos para vivermos na unidade

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