sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados pede realização de eleições gerais

O Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados exigiu hoje, numa marcha popular, a devolução da palavra ao povo para a escolha dos seus novos representantes através de eleições gerais, uma vez que os dirigentes políticos não encontram uma saída para a crise política que dura há 15 meses.

O Porta-Voz do Movimento, em declarações à imprensa, na Praça dos Heróis Nacionais depois da marcha, disse que a luta que estão a fazer é para despertar a consciência do povo e o renascimento da Guiné-Bissau.

Lesmes Monteiro disse que a reivindicação é um processo, tendo salientado que pouco a pouco os objectivos serão alcançados.

Pede a população a manter-se unida na luta por uma vida melhor.

“Não estamos aqui porque não gostamos do Presidente José Mário Vaz, mas sim porque somos nós que votamos nele. Se não está a corresponder com as expectativas da população, deve devolver o poder, que é do povo, à Nação, de uma forma pacífica ”, exortou.

Lesmes Monteiro disse que não vão compactuar com a violência, tendo convidado ao Chefe de Estado a se demitir das sua funções caso considerar que o cargo é lhe muito pesado.

Por seu turno, o Presidente do Movimento dos Cidadãos do Mundo, um dos mentores da marcha, António da Goiá considerou que a classe política não vai conseguir sair do buraco onde entrou porque é incapaz.

 “A situação está a gravar-se a cada dia, por isso  as reivindicações não vão parar. O povo vai sair às ruas até que a solução seja encontrada, porque estamos num país sem escolas, sem salários em suma estamos a viver num país ingovernável”, disse.

Goia reiterou o seu pedido de as Nações Unidas assumirem a administração do país durante algum tempo.

Nelvina Barreto, em representação do Movimento “Mindjeris di Guiné nô Lanta (MIGUILAN), referindo-se a crise prevalecente no país, frisou que não foi por isso que o povo votou, tendo salientado que o povo não vai aceitar, e que o destino da Nação está nas suas mãos.

“Os guineenses têm direito, como qualquer povo do mundo, ao progresso e desenvolvimento. O povo guineense é consciente. Fez  a luta de libertação mais consagrada em toda África, como é possível estar hoje no chão”, lamentou.

Trata-se da segunda marcha de protesto organizada pelo Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados e  iniciou no Palácio do Governo e terminou na Praça dos Heróis Nacionais, junto à Presidência da República.


A iniciativa contou a participação de centenas de pessoas com cartazes onde se podia ler frases como “Presidente Rua”, “O povo quer a escola”, “O povo não é lixo”, “Queremos a dissolução do Parlamento e eleições gerais, entre outras. //ANG

4 comentários:

  1. A escumalha que organizou a manifestação a mando dos inimigos da democracia, sobejamente conhecidos, entre os quais, DSP, Jiló Cipriano Cassamá, Inácio Correia(Tchim) e os demais gangues que se barricaram no palácio do governo, aquando da demissão do (des)governo de Carlos Correia, receberam dinheiro e estão a ser financiados pelo grupo mafioso, do qual, DSP e os seus correligionários fazem parte. De sublinhar que o financiamento desta escumalha, visa essencialmente criar caos no país e consequentemente o derramamento de sangue. Atenção! Quem brinca com o fogo queima-se.

    Só uma pergunta. Porque é que os manifestantes não foram ao parlamento(ANP) exigir o agendamento da sessão para discussão e votação do programa do governo legítimo, liderado por Dr. Baciro Djá?

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  2. DSP E COMPARSA MONTAM ESTRATÉGIAS PARA VANDALISMO ESSA NOITE

    Neste preciso momento numa das salas de reunião na sede do PAIGC estão reunidos sob a presidência do Presidente do PARTIDO DSP e Cipriano Cassama no sentido de adoptar estratégia para levar acabo hoje a noite acções criminosas para justificar o fracasso da marcha de hoje.

    Estas acções visa lançar ofensiva contra a segurança do estado, queimando viaturas, vandalismo aos estabelecimentos comerciais etc… no entanto, importa igualmente informar que a segurança do estado, Policia de Ordem Publica, Guarda Nacional e as nossas gloriosas Forças Armadas estrarão nas ruas para por ordem a isso. Nesse sentido, apelamos aos pais e encarregados de educação para aconselhar os seus educando a não participar nesse vandalismo porque as mediadas de severidade serão inteiramente usada contra quem quer que seja.

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  3. O POVO NÃO É LIXO!
    Foi assim, que hoje (dia 11 de novembro) pela alvorada, numa marcha pacifica de cidadania, entre o Palácio do Governo, sito nos arredores do Aeroporto e a Praça dos Heróis Nacionais no centro da cidade, em protesto para com a crise política, que há mais de um ano assola o país, centenas de manifestantes, ostentando dísticos e cartazes com palavras de ordem, em nome da Democracia gritavam.
    Trata-se de uma manifestação, que advém na sequência da semana anterior, dia 4 de novembro, reivindicada por um movimento da sociedade civil, que alberga a juventude de “Cidadãos Inconformados e Conscientes e conta com a colaboração de “Mindjeris Nô Lanta”, “Cidadãos do Mundo” e Célula dos Estudantes Académicos da Guiné-Bissau.
    Segundo, o porta-voz do movimento, Lesmes Monteiro, o seu propósito é exigir aos políticos uma tomada de decisão responsável, “para que acabem com a crise política, principalmente na pessoa do Presidente da República, o Sr. José Mário Vaz”

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  4. Manifestação pede demissão do Presidente da Guiné-Bissau

    O Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados exigiu hoje a demissão do Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, que acusa de ser o "principal responsável" pela crise política no país.

    O Movimento, constituído na sua maioria por jovens, juntou hoje centenas de pessoas numa manifestação pacífica que percorreu a principal avenida da capital guineense, seguindo do Palácio do Governo, no bairro de Brá, até à Praça dos Heróis Nacionais.

    Num comício diante do Palácio da Presidência, os manifestantes exibiram dísticos e lançaram exortações à classe política, dirigindo-se especificamente ao chefe do Estado, José Mário Vaz, a quem pediram que deixe o poder.

    Nelvina Barreto, da organização da manifestação, disse à Lusa que depois de exigência de dissolução do Parlamento e convocação de eleições legislativas, agora o povo guineense quer a demissão do próprio José Mário Vaz para que o país possa realizar eleições gerais - legislativas e presidenciais.

    "O Presidente não pode ser árbitro e jogador ao mesmo tempo", defendeu Barreto, presidente de uma organização de mulheres da Guiné-Bissau que reclama uma participação ativa na vida política do país.

    A dirigente da Miguilan - Mindjeris de Guiné No Lanta (Mulheres da Guiné Levantemo-nos) afirma que o povo guineense decidiu assumir "de uma vez por todas o seu destino em mãos".

    Nelvina Barreto diz acreditar que a comunidade internacional estará disponível para financiar a realização de eleições gerais na Guiné-Bissau uma vez que "também compreende que a atual crise é insustentável".

    Para a dirigente, o número de manifestantes foi superior ao de uma outra manifestação realizada no sábado, afirmando que "finalmente as pessoas estão a compreender" que os protestos não têm nada que ver com nenhum partido político ou personalidade.

    As escolas e alguns mercados não funcionaram hoje em Bissau em sinal de solidariedade com o protesto convocado de novo para a próxima semana, caso na segunda-feira não haja nenhuma decisão na reunião do conselho de Estado convocada por José Mário Vaz para escolher um novo primeiro-ministro.

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