segunda-feira, 17 de novembro de 2014

A SITUAÇÃO DOS GUINEENSES EM ANGOLA É REPUDIANTE!

Por, Umaro Djau

Hoje, não vou falar dos guineenses que já perderam a vida em Angola (imigrantes comuns), e outros desaparecidos (entre eles jornalistas), mas concentrar-me-ei no presente e no futuro. Quanto ao futuro, até poderia ser diferente, mas, o presente é deveras preocupante.

E falando do presente, hoje recebi esta mensagem triste de um concidadão residente em Luanda (Angola) e não podia deixar de partilhar convosco, cito: “…há muitos cidadãos guineenses (em Angola) que estão presos, estes não são libertados e nem repatriados, até parece que não há nenhum representante diplomático que pode resolver esta situação…”.

Na minha opinião, as autoridades da Guiné-Bissau devem proceder de imediato para ajudar a colmatar a precariedade, os abusos, as torturas, as prisões, os roubos e todas outras formas de violações dos direitos dos nossos concidadãos em Angola.

Reconheço o facto de muitos deles estarem a viver numa situação de ilegalidade, mas ser ilegal em termos de imigração não justifica as mortes, as prisões, as pilhagens e tantos outros relatos que diariamente nos chegam de Luanda.

Perante à ineficiência da nossa representação diplomática naquele país lusófono, desafio o Secretário de Estado das Comunidades, Idelfrides Gomes Fernandes, para se deslocar à Luanda (como fez recentemente a Portugal) para se inteirar da situação da nossa representação diplomática, tal como da situação dos nossos imigrantes.

Ao fazê-lo, estaria o Sr. Secretário de Estado a prestar um nobre serviço público e humanitário não só em prol das nossas comunidades na diáspora, mas, também, em benefício da Nação guineense e em defesa dos nossos superiores interesses.

Chegou a hora de partilharmos a dor e o sofrimento deles, mas, também, ajudar-lhes sobretudo a encontrar melhores soluções para as suas situações que, directa ou indirectamente, não são alheias à Guiné-Bissau.

Para as autoridades da Guiné-Bissau diria o seguinte: A LIDERANÇA, UMA BOA LIDERANÇA, É SABER TOMAR MEDIDAS IMPORTANTES E DECISIVAS EM MOMENTOS DIFÍCEIS. E assim exige a situação dos nossos imigrantes em Angola.

E para as autoridades de Angola diria o seguinte: se a lusofonia e os laços históricos e de irmandade não bastassem, peço então que cumprem com as suas obrigações, tratando como seres humanos os imigrantes que se encontrem em Angola como gostaria que os seus filhos fossem tratados noutros países, tendo em conta as relações políticas, económicas e comerciais entre os dois países.


Bem hajam,

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