quarta-feira, 28 de setembro de 2016

GUINÉ-BISSAU, DEVER DE UM CIDADÃO

“Nós sabíamos que havia injustiça, havia um povo que veio de longe impor a força a sua maneira de ver e viver, ignorando a nossa realidade, a nossa cultura.

Algo teria que ser feito, pois todos nós sentíamos que a nossa terra estava em perigo de deixar de ser nossa, mas não pensávamos que essa guerra viria a ter aqui na nossa aldeia. Agora não temos como voltar as costas a tudo isso, vamos rogar a deus e partilhar o que temos na nossa humildade bater com a razão e bater contra esta gente.”

Palavras de um velho...que era residente numa aldeia próximo de tiite-o berço da luta para independência da guiné e cabo-verde.

“ESTE VELHO” podia ser um analfabeto, como podia ser o meu falecido Pai ou todos aqueles que lutaram para que hoje pudéssemos ter este pedaço de Terra de volta, mas, uma coisa é certa, este “Combatente desconhecido”, seja analfabeto ou não, tinha ideia clara sobre o significado da luta e da independência.

Nós hoje, será que temos esta ideia clara, e despostos nas entrelinhas postar a nossa vida para Independência? Esta independência hoje não seria a mesmo de retomar o Território dos Cólons, mas, valendo o mesmo contesto, há ainda muitas independências a conquistar, começando pela Independência “social-económica democrática, educativa e científica, sobretudo a nossa independência Estrutural como um Estado Independente.

CONCIDADÕES, mudar rumo de um País não é só um desfile eleitoral, não basta ser aplaudido pela C. Internacional, o mas sim mais saber governar que é também saber olhar para olhos do Povo e perceber se Povo esta bem, se as suas aspirações estão a ser cumpridas com as nossas promessas na campanha eleitoral.

UM DIRIGENTE deve ter uma referência em cada mando que é eleito, essa referência devia ser o anseio do Povo que tem que ser minimamente acudido caso contrário a nossa presença em cima de pirâmide é simplesmente folclórico.

O significado da Independência é aquele que ao ser eleito para um cargo Político/publico, é sentir como sentia o velho da aldeia de Tite, que de olhos fechados mesmo sabendo que não tinha meios para combater o inimigo mas o cólon teria que abandonar a sua Terra, mesmo para que isso custasse a sua vida, como na realidade tristemente foi.

Viva Combatentes Desconhecidos!

Viva Independência da Guiné-Bissau!

Abraços a todos Conterrâneo força e Esperança
JWF de Volta

24.09.2016

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