sábado, 17 de setembro de 2016

As cerimónias de celebração 60 anos da fundação do PAIGC, deixou de fora as pessoas mais importante na vida do partido

O PAIGC faz sempre questão de convidar "gente fina" para as cerimónias de celebração da sua fundação. Não somos contra as pessoas convidadas, porém, onde estão os antigos combatentes, que, em nome do PAIGC lutaram e foram prejudicados por apoiarem o PAIGC de Amílcar Cabral?

Esses, não têm a dignidade para serem convidados e fazerem parte das celebrações, mesmo que seja para partilharem suas experiências de suas relações com Amílcar Cabral?

O Mbana, o Malam, a Apili, a Brinsan e tantos outros, guineenses unidos pela multiculturalidade, que participaram na luta armada de libertação nacional e ainda estão vivos, não têm direito à "inclusão" na celebração de datas históricas do PAIGC?

Pelos vistos não têm, pois não se vestem como "gente fina", não são de "trato fino", porque na verdade, só mesmo Amílcar Cabral sabia o quanto valiam para o processo de libertação da Guiné e Cabo-Verde.

Só Amílcar Cabral sabia que a valorização dos recursos humanos não implicava o estatuto, mas sim a necessidade e o complemento de articulação entre mobilizador e o mobilizado.

E a necessidade de que falo, é demonstrativa de que, não fosse a articulação entre uns poucos instruídos e a maioria analfabeta, não teria havido a luta armada de libertação nacional e, muito menos, sucesso que culminasse na libertação e independência da Guiné e Cabo-Verde.

Pela necessidade, gente analfabeta serviu os interesses e objectivos do PAIGC de Amílcar Cabral, com sucesso.

Tal como depois da abertura ao multipartidarismo, gente sem estatuto e considerada analfabeta, continua a servir os interesses e os objectivos do PAIGC nas eleições presidenciais e legislativas, a troco de nenhuma consideração.

O PAIGC está habituado a celebrar até com gente de fora, pagando-lhes tudo pelas suas presenças, mas ignorando gente de dentro, de idade avançada, vivendo na miséria e em áreas remotas do nosso país.

Quando se diz que o PAIGC é o Partido Libertador, estamos todos de acordo, mas, importa salvaguardar que o PAIGC que deixou de ser de Amílcar Cabral, apenas valoriza quem tem "estatuto".

Positiva e construtivamente.

Um comentário:

  1. Lamento muito que alguns dos meus irmãos continuam a postar críticas nas redes sócias em detrimento de benefícios próprios. Isto é recebem somas vultuosas para criticar beltrano ou cicrano a favor de outrem.
    Positiva e construtivamente ao meu entender é dar ideias, criticar e propor soluções sem depender de outros proveitos ou da cor partidária.
    Quando sairmos nesta horizonte de ideias o lema ora escolhido "Positivo e Construtivamente" deixa de ter o verdadeiro sentido Patriótico.
    Obrigado
    VIva a Guiné Bissau

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